Jogo-me nos braços do Jorge
Amado,
Pois só ali sou amada de verdade,
Com suas histórias calorosas,
Prende-me do começo ao fim.
Mas é na ternura dos versos
De Vinicius de Moraes, que sinto sensibilidade;
E enche-me d’água o olhar...
É muito sonhar em um homem só.
Mas quando quero turbulência
E arrepios em minha pele
Quem procuro é Bukowski
Que derrama vinho em meu umbigo
E me diz coisas insanas.
Onde meu amante é Camões,
Em fogo que arde
Sem Bukowski ver.
E quando penso em romper todos os
laços desse arem,
Encontro Pablo Neruda que me diz
que amor precisa ter reflexo...
Mas olho-me no espelho e só vejo
Drummond ,
Onde me arranca sorrisos diante de
sua poética.
Mas ainda acredito nas juras de
amor de Fernando Pessoa,
Apesar de ele dizer que és um fingidor,
Arranco do seu amor o que for
bom.
Ficando pensativa nos conselhos do meu Augusto dos Anjos
Que diz que a mão que afaga é a
mesma que apedreja,
Desacreditando-me do amor.
Ai ...
Olavo Bilac que me perdoe,
Mas a via láctea que me faz
suspirar
É aquela que adormece todos os
meus poetas.
( Fernanda Fernandes )
Nenhum comentário:
Postar um comentário