terça-feira, 7 de maio de 2013





Eu não durmo;
Não fecho os meus olhos se não for para um beijo teu.
Não fecho as janelas;
Estão abertas para o seu desejo correr e parar em meu corpo.
Não posso falar;
Pois não se fala enquanto há os seus lábios a pressionar os meus.
Não há raciocínio, quando a paixão dilacera todos os neurônios.
Pergunto-me a todo instante,
Como posso querer estar presa?
Presa... presa.
Ser uma presa do amor.
Presa do veneno que mata em cada intenção indecente.

Eu não durmo.

(Fernanda Fernandes)

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