domingo, 14 de dezembro de 2014

EU ESTOU FALANDO DE AMOR .

Ela me conduzia a escola
Apenas com aquele olhar.
Conversávamos no caminho
Coisas leves e que nos arrancavam o sorriso.
Não apressávamos os passos,
Pois o coração precisava ficar ali juntinho.

Ela sentava ao meu lado;
Talvez porque eu sempre lhe emprestava a borracha
Ou porque era o único lugar vazio naquela sala.
Porém, meu coração insistia a acreditar
Que ela me amava,
Que naquele leve sorriso
Ela se entregava ao amor.

Aos fins de semana 
Eu não a via.
Coitadinho do meu coração.
Olhava aquelas questões de matemática
E me debatia.
Não para resolvê-las,
Mas para parar de pensar nela.

Não saberei ao certo o porque dos meus pés suarem.
Não saberei porque o café fica diferente quando ela está ao meu lado.
Ela é minha amiga.
É assim que eu sempre respondo quando me perguntam sobre ela.
Ah, mas meu coração
Está falando de amor.
Eu estou falando é de amor. 

(Fernanda Fernandes)

sábado, 15 de novembro de 2014

Cassino proibido



Como quem vai caçar a meia noite
Ele me despia:
Rápido,
Preciso,
Faminto.

E como a jiboia que estrangula a sua vítima,
Colou suas mãos em meu pescoço,
Impossibilitando-me de qualquer fuga
Ou gritos de socorro.
Mas na verdade,
Quem ali queria fugir?
Pois ao mesmo tempo que sou presa,
Sou caçadora também.

E entre mordaças , algemas e cordas;
Perdia-me nas dores mais estranhas.
O sangue não precisa estar sempre nas artérias e veias
Se pode encontrar-se na pele como resultado de uma noite inflamável.
Quem  entra como jogador,
Tem que saber acertar as cartas.
Frequentar esse cassino proibido
Apostar tudo ...
Saber quando começar
E quando se deve parar.

Assustava-me sempre quando meus olhos viam
Entre minhas coxas
As marcas que seus lábios deixaram.
Era como o fazendeiro que marca seu gado
Com ferro quente ...
Em brasas vivas: É MINHA.

( Fernanda Fernandes )




sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Rasgue-me.

Não coloque palavras em minha boca.
Coloque a sua língua.
Eu saberei fazer melhor uso dela.

Não elogie a minha roupa,
Rasgue as minhas vestes.
Não me acaricie os cabelos,
Faça um nó com eles em suas mãos
E deixe-me em movimento,
Onde eu possa ver o seu rosto 
A cada elevação 
Que seu quadril
Provocar em meu corpo.

Ainda lembro-me de cada dedo seu.
Onde cada um deles encontrava um lugar para entrar.
Talvez meu corpo tivesse um cartaz escrito:
Seja bem vindo , 
Fique a vontade;
Pois era assim que você sentia-se.
Não pedia permissão para nada;
Meus ''não'' eram ''sim'' para você.
E  logo sorria como se pensasse:
'' Eu sei que você gosta ''.

A loucura encontrou um jeito de unir nós dois:
Nossos corpos precisam um do outro.
Tua barba pede a pele das minhas coxas
E já sinto tudo alagado...
Meus pensamentos,
Meu coração
E as minhas pernas.



( Fernanda Fernandes )

sábado, 20 de setembro de 2014

'' Sem título ''

Sou um robô.
Me programaram para ser uma menininha.
Sim, eu uso enfeites no cabelo,
Como muitas informações
E saio por ai com a imagem de intelectual.
O que mais eu quero,
Se já tenho a admiração dos '' grandes ''
E a sociedade me aceita?
Não me perguntaram nada,
Apenas me moldaram.
E meu erro foi ''esquecer'' de mencionar:
QUERO SER FELIZ.


(Fernanda Fernandes)


quinta-feira, 3 de julho de 2014

Ele em mim

Poderia ter sido diferente,
Mas se tivesse sido diferente
Não chegaria perto de ser tão ardente como foi.
Ele tem as chaves que abrem todos os meus diversificados gemidos.
Oh, sim.
Ele.

E em um quarto a meia luz
Meu pensamento não poderia ser outro:
ELE.
Ele da cabeça aos pés.

Se ele não me beijasse,
Talvez eu nem perceberia.
Meus lábios já estavam anestesiados de saudades.
E se não me olhasse,
Eu não teria como perceber;
Meus olhos estavam fechados
Esperando todos os momentos
Congelados pela distância.

Suas mãos pareciam ter o mapa
Que encontrava todas as minhas terminações nervosas.
Seus lábios pareciam procurar
Pelos sabores nunca sentidos.
Nasceu assim, 
Uma nova sensação : EU E VOCÊ.

Acostumada a sentir a calmaria do oceano;
Senti-me desprevenida com um tornado 
Em pleno monte ausente de ventos.
Vi-me puxada por um abismo
Indo e voltando em turbulências...
Mas era apenas suas mãos em mim.

Seu olhar me dizia coisas insanas
A todo momento;
E eu ...
Eu lia tudo como se estivesse começando a aprender a ler:
Perdida, trêmula e com anseio de castigos.
Eu me via aprendendo a ser eu outra vez.
Me reinventando em sua boca.

E em total convicção sei do que ficou nele
Meu.
Dele ficou uma bagagem de lembranças.
E sem relógio, sem tempo, sem datas
Os pelos do meu corpo esperam
Os arrepios que só a saliva da sua boca
É capaz de fazer e desfazer em mim.

Todos os átomos do meu ser
E todas as células da minha pele
São capazes de reconhecer
As digitais que ele deixou
Em mim,
Por inteira.

( Fernanda Fernandes )


segunda-feira, 23 de junho de 2014

Perdoa

Me perdoa por não saber te amar;
Por não saber reconhecer 
Os sentimentos que gritam;
Você precisa perdoar
Todo o meu medo.

Não, não tive a intenção de te perder de vez,
Mas fui perdendo as poucos
Para doer menos
Do que está doendo agora.
Perdoa-me pela perda
De não saber ficar
Junto de te.

Perdoa-me, diz que sabe entender
O meu medo de ver a lua
Ao seu lado.
Não é um não querer
É medo
Do que eu sempre tive medo sentir:
AMOR.

Porque ao contrário do que muitos dizem,
O amor dói sim.
O amor é egoísta sim.
Desse sentimento,
Eu tenho medo.

E você onde fica nisso tudo?
Eu sei,
Eu sei que deveria ficar ao meu lado,
Mas o muro que nos separa é cruel
E que não consigo derrubar um tijolo.

Fernanda  Fernandes

sábado, 21 de junho de 2014

QUALQUER COISA, EXCETO VOCÊ

Qualquer coisa queimaria minha pele,
Fogo,
Ácido ...
Mas não as suas mãos.
Nada me desperta mais
Arder de querer
Por seu toque.

Qualquer coisa poderia me fazer chorar.
A morte de um amigo,
O fim de um filme
Até o café ter esfriado.
Mas não mais a sua ausência.
É quadro branco,
Escreve-se e some
Com um passar de algo úmido,
Lágrimas, talvez.

Qualquer coisa poderia me machucar;
O cair de uma escada,
O corte com uma navalha,
A dor instigante de uma agulha,
Mas não mais a indiferença do teu olhar.

Nada mais de você é algo a mais em mim.
Você saiu da minha vida
Pela porta da frente.
Não esqueci você,
Porque você não é nada para esquecer.
O nada é sempre nada,
Mesmo que tenha sido tudo. 

( Fernanda Fernandes )






segunda-feira, 26 de maio de 2014

Sem as chaves



Eu iria falar do poder do amor,
Mas olhei para você e perdi todas as forças.
Pensei em dizer o quanto eu temo te amar
Mas o medo encarregou-se de calar-me.
Olhando e pensando se devo agir
Pensei tantas vezes
Que nada pensei.
Como esconder a evidência no meu olhar ?

Cada centímetro de distância
São metros de saudades ...
Teu olhar que lança em mim
Desejos de querer ir sempre além;
Torna-se armadilha de cativeiro
Enganando abelhas com mel.

E cada silêncio que grita ao meu ouvido
'' amor é ser escravo, amor é ser trancafiado ''
Eu mesmo entrego as mãos para as algemas,
Tranco-me aqui no seu coração 
E entrego as chaves a você;
Onde sem piedade
Joga
no mar
E me deixa trancada
Sem saída
Dentro de você.

( Fernanda Fernandes )

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Amor sublime



Sinto uma paz demasiada
A preencher meu coração de puro amor;
Sigo sorrindo, alegria transmitindo
E isso vem de te Senhor.
Por todos os caminhos que piso
Sinto seu toque a sondar todos os passos;
Louvo a te em verdade e os pés eu calço 
Pois viver para mim é viver em Cristo.

São muitas as provações que me aparecem,
Tentando desviar-me do caminho ...
Mas teu amor é como passarinho,
Me faz voar para longe
De onde teria espinhos.
Grata a te serei sempre
Tua luz em mim é fogo ardente
Que me faz renascer mais um pouquinho.

E todas as canções eu lhe ofereço,
Cânticos cheios de amor eu lhe darei,
A menina dos teus olhos eu serei
Pois tudo pelo seu amor, eu deixo.
Minha oração chega a te como uma carta de amor,
Maior e mais bonito é  o louvor
Que faço e refaço com todo ensejo .

Só peço muito amor para quem vive
Em caminhos que não agradam aos seus olhos,
Derrame sua bençãos como óleo
E unge tudo o que merece ser ungido.
De sua luz, cada vez mais é o que preciso,
Na certeza que me amas, eu prossigo. 

Fernanda Fernandes. 

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Mas eu amo ...

Jogue sua camisa no sofá,
Eu brigo, mas eu amo isso.
Amo porque não tenho mais.
Isso mesmo, você não está aqui para bagunçar a casa
E meus cabelos.

Pretendi esquecer.
Sim, esquecer era meu plano .
O plano que mais falha, mas é um plano.
Mas você precisa fazer a sua parte para que ele seja concretizado.
Sua parte, isso mesmo.
Faça.
Não me jogue um sorriso toda vez que me olhar.
Pensando bem, não me olhe.
É como se jogasse fogo em gasolina.

Fernanda Fernandes.

Do seu amor não restou nem a saudade

Aprendi a virar o jogo antes que ele acabe
Troquei o pranto por um sorriso de verdade.
Teu olhar é flecha que mesmo lançada
E me acerta como alvo
Mas não desperta em mim mais nada.
Desse amor que ainda está em você
Sinto muito ao meu não merecer
De você não restou nem a saudade.

Olhar teu rosto, ouvir tua voz
Faziam meu coração perder todo o compasso.
MAS HOJE quando te vejo
É como pedra em sapato;
Dói quando se coloca no pé
Não cabe mais, dar-se a outro,
Teu amor virou carta de baralho
Onde eu que dito as regras do jogo.

Fernanda Fernandes

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Orgia Poética

Jogo-me nos braços do Jorge Amado,
Pois só ali sou amada de verdade,
Com suas histórias calorosas,
Prende-me do começo ao fim.
Mas é na ternura dos versos
De Vinicius de Moraes, que sinto sensibilidade;
E enche-me d’água o olhar...
É muito sonhar em um homem só.

Mas quando quero turbulência
E arrepios em minha pele
Quem procuro é Bukowski
Que derrama vinho em meu umbigo
E me diz coisas insanas.
Onde meu amante é Camões,
Em fogo que arde
Sem  Bukowski ver.

E quando penso em romper todos os laços desse arem,
Encontro Pablo Neruda que me diz que amor precisa ter reflexo...
Mas olho-me no espelho e só vejo Drummond ,
Onde me arranca sorrisos diante de sua poética.

Mas ainda acredito nas juras de amor de Fernando Pessoa,
Apesar de ele dizer que és um fingidor,
Arranco do seu amor o que for bom.
Ficando pensativa nos  conselhos do meu Augusto dos Anjos
Que diz que a mão que afaga é a mesma que apedreja,
Desacreditando-me do amor.

Ai ...
Olavo Bilac que me perdoe,
Mas a via láctea que me faz suspirar
É aquela que adormece todos os meus poetas.


( Fernanda Fernandes )


quinta-feira, 3 de abril de 2014

BEIJO, LÁBIOS, SALIVA



Entre uma sensação e outra
Numa sutil e leve sucção 
Me leva em estado febril
Roubando-me em desejos escondidos;
Entre gostos diferentes
De uma saliva quase morna
Como algo que precise ir ao fogo
Para arder de uma vez,
Assim traduzo seus beijos.

Entre mãos quase com vidas próprias
E um suor confundindo-se ao perfume
Toca-me como garimpeiro em garimpo
Onde é preciso ir fundo para encontrar o ouro ...

Até a voz some e é substituída por sons quase indecifráveis,
É quase impossível pensar ou raciocinar alguma coisa .
É como morder uma maçã e querer sempre mais,
Todas as maçãs do mundo ...
O tempo não pode acabar assim,
As horas não podem passar tão depressa,
Apenas foi dada a primeira mordida.

(Fernanda Fernandes)

quarta-feira, 19 de março de 2014



Somente,
Na mente.
Um sonho indecente
Está Presente,
De forma Ardente,
Quente,
Queimando a gente.
De tanto Querer-te
Moça inocente.

( Paulo Márcio )

segunda-feira, 10 de março de 2014

Para meu grande amor


Hoje 10 de fevereiro faz-se seis anos
Que o senhor nos deixou,
Como explicar a saudade,
Como amenizar a dor ?
Papai a sua ausência,
Faz a minha vida sem essência
Falta uma dose de amor.

Entendo o ciclo da vida
Que o que nasce também irá morrer,
Mas a saudade é uma dor
Que não consigo entender;
Bem que o senhor me dizia
Que nunca se sabe tudo
Sempre temos o que aprender.

Por que teve que ir embora
Despedaçando a minha vida ?
Como dói recordar o momento
A cena da despedida ...
É um filme doloroso,
Não sentir mais a presença
Nem seu abraço caloroso.

Quando se foi eu só tinha quinze anos,
Quantos sonhos desandou ...
Das coisas que planejei ...
O senhor me levar para o altar
E um dia aos seus netos ensinar
Tudo o que me ensinou.

Obrigada por ter sido esse Pai tão dedicado
Apesar do jeito rígido
Deixou para nós um legado
De valores e exemplos
Que seguirei com rigor.
O maior tesouro que preservo
E levarei para seus netos
Será o seu imenso amor.

E ao escrever esses versos
As lágrimas insistem em cair,
Espero que possar lê-los
E ver que o senhor continua aqui;
Preenchendo meu coração ...
Pai, sou sua continuação
Seu amor permanecerá
De geração em geração .

Fernanda Fernandes
Pelas forças que querem que eu caia
Nem mesmo a mais afiada das navalhas
Despedaçaria os meus sonhos,
Não irei optar pelos atalhos
Pelo caminho que ando seguindo;
Que venham mil batalhões
Atacar-me como ladrões
Voarei como passarinho .

Fernanda Fernandes
Eu te amo.
_ Tenha calma, primeiro abra seus olhos, mal acordou .
Mas isso não me impede de dizer-te o que sinto.
_ Como assim? você acabou de acordar; dose as coisas, prepare primeiro o café ... O prepare o tempo que for necessário; depois vemos isso ai que você falou .

Fernanda Fernandes

domingo, 2 de março de 2014

Desisto

Eu sempre gostei de ir ...
Mas voltar não me agrada muito.
A volta sempre é pesada, cheia de bagagens .
Sempre vou.
Nunca penso na volta,
Mas ela sempre acontece.
Acontece cheia de dores e lágrimas,
Sobrecarregada de experiências turbulentas.

Depois de tantas voltas,
Não sei se ainda quero ir.
Vivo a busca de tudo isso...
Será que existe amor sem dor ?
Ir ao amor e voltar sem cortes ?

Eu sempre estou indo,
Mas sempre estou voltando.

O amor me deixa exausta,
Quase a ponto de desistir ;
E olha só,
Desisti.



Fernanda Fernandes.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Mais um poema para | VOCÊ |


É como se a saudade falasse
Como desenhasse nosso próximo cenário.
Como se descrevesse nosso próximo beijo.
Sim! Eu já posso sentir.
A saudade faz coisas que eu não poderia imaginar.
Ela te trás de volta.
Ela me tira a concentração,
Pensar em você
É lhe trazer de volta gradativamente.

O tempo é um aliado.
Mas ter cuidado é preciso.
Quando ele vira o jogo,
Torna-se inimigo.
O tempo não gosta de ser longo,
Ele esquece de se mesmo.
Não me deixe esquecer você...

Se quiseres caminhar sozinho,
Eu deixo-lhe.
Deixo todos os meus versos,
Toda a minha poesia
Aquela que tem seu cheiro e gosto.
Eu deixo você me deixar.
Mas, se desejares um beijo sempre ao acordar
Mesmo que ele seja sentido em seu pensamento,
Eu quero; eu quero ser a dona desse beijo.

E se em seus planos
Não tiver os meus planos;
Avise-me para que eu possa
Mudar de planos.
Se teu sonho não sou eu,
Me acorde de tudo isso.

Posso esperar cada chuva,
Posso esperar cada primavera,
Posso suportar todo o inverno...
Só não posso esperar as utopias.
Não as quero comigo,
Não posso querer o que não é meu,
Mas não quero ficar sem o que quero.

Se encontre em cada verso,
Essa poesia é toda sua,
Assim como meus beijos
São todos seus.



(Fernanda Fernandes)

domingo, 16 de fevereiro de 2014

De todas as águas passadas
Que eu tive de beber
Você foi o amor
Mais difícil de esquecer;
Que para sobreviver
Precisei mudar o coração
E mudar todos os versos
Que pensei em escrever.

Esquecer é a jornada mais difícil da vida
Quando pensa que se esquece
Logo abre-se uma ferida.
Esquecimento é um veneno perigoso
A mais amarga das bebidas. 

Todos os beijos são disfarces
Pedaços de ilusão
Engano a ele, engano a outro
Mas não o coração
Pois eu confesso que o meu mundo
Você ainda segura com a mão.

E quem pensa que se cura 
Um amor com outro amor
Não amaram como eu amo
Não são como eu sou;
Quando falo EU TE AMO
Pode passar vários anos
Mas continua sendo amor.

( Fernanda Fernandes )



sábado, 25 de janeiro de 2014

Manual de uma mulher

Só porque o rosto dela é delicado,
Não significa que ela queira apenas um toque delicado.
O que ela quer é sua mão puxando os seus cabelos.
Não, não de leve.
Com força.
A voz dela é tão doce.
Mas não é por isso que ela deseja falar sempre docemente.
A tonalidade também muda,
Você pode fazê-la gritar.

Suas atitudes soam sempre com leveza.
Mas isso não lhe impede de usar toda a sua testosterona
Em apenas um aperto na cintura dela.
Mulher é delicadeza, mas não em todas as 24 horas do dia.
É preciso fazê-la precisar de ar,
Porque você estar o tirando todo
Em apenas um beijo.

Tem que ser diferente.
Um homem precisa ser diferente.
Chegar e mostrar para o que veio,
Mostrar que chegou para fazê-la feliz.
Não para fazê-la chorar 
Ou duvidar dos seus sentimentos.
Mulher não gosta de meio termo.

Nenhuma mulher é cem por cento santa,
Porque se fosse seria uma santa e não uma mulher.
Um homem de verdade, sabe disso.
Sabe que nenhum beijo é igual ao outro,
E sabe também que o romantismo é importante,
Mas não em total dimensão ...
Ela precisa de uma dose de indecência,
Sirva uma taça sempre.
Aprenda a ser inesquecível.

Não é  interessante suas mãos paradas.
Ela está ai do seu lado,
Use-as com propriedade.
Os instintos de uma mulher,
São semelhantes aos dos homens,
Ela apenas não assume.
Um homem de verdade,
Sabe disso .

O pescoço dela estar todo perfumado,
E ele não está assim a toa.
É um convite a sua boca.
Ela não está tentando te provocar,
Ela está te provocando mesmo.

O amor não é apenas um céu azul.
O amor é o cheiro de vinho 
E a respiração ofegante
De duas pessoas que sabem 
Que o amor não tem regras, 
Que o amor não é faísca,
Não é só calma,
E sim o espaço que há
Entre o céu e o inferno .
Não é só frio e não é só fogo
E sim os dois juntos.

 ( Fernanda Fernandes ) 




Você não precisa mostrar sua maturidade,
Eu deixo você ser apenas um garoto,
Inquieto e nervoso
Buscando identidade, 
Que olhando em meu rosto insanidade,
Deseja fugir e depois sentir saudade
Do amor que não se teve
Que não é seu; e sim de outro .

Fernanda Fernandes



quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

Florbela Espanca

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

NÃO HÁ MAIS PASSOS DEPOIS DO AMOR

É, talvez se você quebrar essa garrafa de vinho
Deixar todos os seus pedaços no chão
Eu posso escrever um bom poema.
Tudo o que é quebrado,
Seja o que for,
Até mesmo o coração,
Dar para escrever alguma coisa.

Não gosto de curvas na estrada,
Pois sempre entro no atalho errado;
E das estradas erradas
Estou saturada e exausta.
Como rasgar as páginas desse livro
Intocável; que é o coração ? 

Como caminhar em linha reta
Sem que ninguém te puxe pelo braço 
E lhe proponha todos os sonhos ?
As curvas do caminho sempre estarão ali.
Gostamos delas.
É onde suicidamos o coração.

Enlouquecer é o primeiro passo,
Não medir as palavras é o segundo;
Dizer eu te amo é o terceiro,
Ainda quer caminhar ?
O próximo é simplesmente a morte.
Amor e a morte é quase a mesma coisa. 

( Fernanda Fernandes )

sábado, 11 de janeiro de 2014

E essa Febre de Você ?

A temperatura exata do meu corpo
Encontra-se fora da normalidade.
Está em descompasso tamanho,
Que nem mesmo um iceberg 
Mudaria calorosa sensação .

É como o fogo !
Apagando-se em tentativas ...
Joga-se água, aumentando ainda mais a chama.
É como a febre ...
Curada em meio a cuidados sinceros .

Me perco na contradição de nós dois,
Nos versos não escritos,
Nas melodias que parecem gritar sentimentos .
Não é algo tão normal assim ...
Eu não sou mais a mesma
Depois de VOCÊ.

As palavras estão em crise.
Não há como descrever tamanha confusão.
Onde encontrar as palavras certas
Para dizer o que preciso dizer ?
Como explicar essa febre de você ?

(Fernanda Fernandes) 

Mas nem me deixa te amar.
Fica ai fechando seu coração.
Perdendo tempo se perguntando o porque de tanto medo.
Estou lhe entregando as chaves,
Abra, abra sem medo essa porta.

Pára. Pára de refletir,
Isso só trás decisões sóbrias.
O que você precisa é de algo avassalador,
Pegue as chaves que lhe dei,
Abra a porta do meu coração sem medo.

Tem medo, eu posso lhe entender.
Entregar-lhe as chaves não foi nada fácil ...
O coração parecia descompassado,
Você não é o único a sentir medo.
Não é nada fácil sentir tudo crescendo tão depressa.
Rápido, abra essa porta. 

( Fernanda Fernandes )



Inconstante, é assim que sou.
Imprevisível como seu olhar,
Barcos a navegar;
Nunca encontraram a terra prometida.

Já não está cansado de fechar meus olhos ?
Teu beijo não é um vício como outro qualquer,
Essa droga de você é alucinante,
Viciante;
Pare de me dopar. 

( Fernanda Fernandes )

Eu gosto de ler livros ,
você também,
Será que o mesmo amor literário que há em mim
Há em você também ?
E se não é assim posso mudar
Não de gosto literário,
Mas de página de livro
O qual estou lendo agora,
Pois entre amor e estes versos
Fico com seu amor!
Pois és minha inspiração para escrever,
O único que faz merecer
Tais poemas e dedicação,
Afinal poesia é isso
Gostar de escrever o que se ama,
E o que for ruim, joga-se na lama,
Mesmo que isso seja amor. 

(Fernanda Fernandes)

 Moço, a vida é uma festa .
'' Que festa ? Trabalho noite e dia, volto para casa exausto ...
Você é um louco. ''
_ Você é normal, você não entende.

(Fernanda Fernandes)

O ônibus que passa parece ser tão bonito.
A rua. O cachorro.
Tudo tão feliz.
A árvore da praça, sozinha ... E tão feliz.
O passarinho com um galho no bico ...
Ninho ! Ninho de uma família feliz.
Uma borboleta amarela e sem graça;
Mas feliz.
O empresário feliz,
seu trabalho feliz.
Papéis que parecem sorrir.
O que anda errado comigo,
Que não sou feliz ? 

( Fernanda Fernandes )

Foto: O ônibus que passa parece ser tão bonito.
A rua. O cachorro.
Tudo tão feliz.
A árvore da praça, sozinha ... E tão feliz.
O passarinho com um galho no bico ...
Ninho ! Ninho de uma família feliz.
Uma borboleta amarela e sem graça;
Mas feliz.
O empresário feliz,
seu trabalho feliz.
Papéis que parecem sorrir.
O que anda errado comigo,
Que não sou feliz ? 


( Fernanda Fernandes )