quinta-feira, 3 de abril de 2014

BEIJO, LÁBIOS, SALIVA



Entre uma sensação e outra
Numa sutil e leve sucção 
Me leva em estado febril
Roubando-me em desejos escondidos;
Entre gostos diferentes
De uma saliva quase morna
Como algo que precise ir ao fogo
Para arder de uma vez,
Assim traduzo seus beijos.

Entre mãos quase com vidas próprias
E um suor confundindo-se ao perfume
Toca-me como garimpeiro em garimpo
Onde é preciso ir fundo para encontrar o ouro ...

Até a voz some e é substituída por sons quase indecifráveis,
É quase impossível pensar ou raciocinar alguma coisa .
É como morder uma maçã e querer sempre mais,
Todas as maçãs do mundo ...
O tempo não pode acabar assim,
As horas não podem passar tão depressa,
Apenas foi dada a primeira mordida.

(Fernanda Fernandes)

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